1 de ago. de 2008

Crônica - O Eterno Retorno do Batman

Ainda não assisti ao novo filme do Batman que está em cartaz nos cinemas. Alias, eu confesso a vocês que nunca fui fã de nenhum destes heróis em quadrinhos que, de uns tempos pra cá, têm ganhado espaço na tela grande. Lá longe, nas poeiras de minhas reminiscências televisivas, lembro-me do seriado do Incrível Hulk, mas o meu interesse ficou perdido por lá mesmo. Não me tornei nem um adolescente fissurado, nem um adulto nostálgico. Na verdade, só depois de burro velho é que fui me interessar pela saga dos mutantes dos X Men - isso depois de ter assistido ao segundo filme da série. Sim, porque eu não assisti a série na ordem cronológica: o primeiro, depois o segundo, depois o terceiro. Pelo contrário! Também só fui conferir a película por dois motivos: Um, porque eu, na época, trabalhava no cinema do Shopping Iguatemi na ingrata função de auxiliar de portaria - ou lanterinha se preferir. Então, entre uma sessão e outra, lá estava eu, conferindo as peripércias de Volverine e companhia, se bem que eu torcia mais para o Magneto e sua trupe de mutantes malignos. Dois, eu li a crítica muito bem escrita e elogiosa do Rodrigo Fonseca quando ele ainda escrevia pro JB. Pronto, só por causa disso, só pelas quatro ou cinco estrelas que o filme ganhara dos enfurecidos críticos ou só porque o bonequinho estava aplaudindo de pé, eu me achei no direito de engolir o orgulho e encarar um pipocão hollywodiano, numa sala abarrotada de adolescentes idiotas que não costumam se comportar num cinema. Juntei-me aos selvagens em plena efervecência hormonal e no fim estava gritando e tacando pipoca no primeiro cabeção que me atrapalhasse a visão. Hoje, sempre que posso, paro e assito os desenhos da série que passam na televisão, no ingrato horário do inicio da tarde. Mas, voltando ao Batman! Eu me lembro que, quando eu era criança (se não me falha a memória, o ano era 1986 ou 87) no SBT - na época era TVS - o seriado do homem morcego - aquele dá década de 60, com o Adam West - o adiposo Batman - e Burt Ward no papel de Robin - revezava o horário da noite com o já idoso Chaves. E entre um pow, um sock, um slap da vida, deixei de lado o interesse em acompanhar suas andanças pelas noites perigosas e cheias de ciladas de Gothan City. Mas parece que o interesse está voltando. E é engraçado como os nossos renomados formadores de opinião têm comentado sobre este novo filme que estreou recentemente em circuito. Lendo hoje a coluna do Veríssimo, me deparo com uma frase do tipo: "Está aí, um super herói do iluminismo". Sua coluna de quinta feira passada (31/07) intituladaPoderes é necessariamente uma análise aprofundada na psiquê do herói noturno, divagando entre outos assuntos, sobre filosofia, moral e ética... Acho que já descobri o que fazer neste fim de semana.

Um comentário:

  1. Caramba, foi uma dificuldade pra comentar, mas enfim... Acho que deveriam oferecer curso pra isso!

    Adorei o post, muito bem feito! Bem, o que eu queria dizer é que o Batman realmente é um dos super-heróis que mais tem personalidade. Apesar de não ser um profundo conhecedor do assunto e ele não ser meu herói preferido, - acho que nem tenho - mas ele é um dos mais inteligentes, justamente por não possuir nenhum poder anormal além da riqueza absurda. Acho que vale a pena dar uma conferida não só pela boa crítica, mas porque, enfim, você pode gostar independente de a crítica ser favorável ou contra... ;)

    ResponderExcluir